domingo, 17 de março de 2013

Ser Humano em busca de si mesmo

   Se estar vivo consistisse  na simples manutenção de funções fisiológicas como, por exemplo, comer e dormir, não seríamos muito diferentes dos nossos amigos répteis. E sim, existe uma estrutura cerebral conhecida como cérebro reptiliano, ou o chamado cérebro mais antigo por ser de facto o mais antigo em termos da nossa evolução, enquanto espécie. Ele é responsável pela manutenção e regulação de estados fisiológicos e funções automáticas do nosso organismo, tais como a sensação de fome ou a respiração.
   Mas nós somos muito mais do que isso e acima de tudo ambicionamos muito mais do que isso. Por isso é que não somos répteis. O que tem isto a ver com o trabalho que fazemos na Quatro Patas e Uma Crina? Pergutam bem e ainda bem que perguntam! Enquanto projeto reconhecemos e abraçamos a condição humana nas suas várias dimensões, fisica, emocional, social, cognitiva, exatamente por sabermos que, enquanto espécie, somos muito mais e ambicionamos muito mais que a simples existência automática,  este modo piloto em que  cada vez mais nos encontramos, como espécie, a ser atingdos social e culturalmente. É preciso parar, sentir e pensar para Existir. Sabemos que a experiência Humana é única e  diferente em cada um de nós. Trabalhamos com cada cliente em função disso. Sabemos que estar vivo é uma construção diária e "vitalícia" e que não é possível fazê-lo sem o Outro, por isso trabalhamos em contexto de relação: com os cavalos, com o terapeuta com o cliente. Uma sinergia  tripla onde a experimentação e aprendizagens individuais são encorajadas, o desafio e o erro a plataforma para chegar mais longe, para construirmos o "mais além". Estamos vivos! Construemo-nos!

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